Do ponto de vista anatômico o coração é o órgão mais importante do corpo humano. Enquanto o coração palpita, a vida está a salvo. Quando ele para, a morte substitui a vida. Quando falamos de coração costumamos pensar em algo diferente que não esse órgão do corpo.  Consideramos coração a sede de nossa vida afetiva, centro da nossa vida interior, núcleo mais profundo de nossa personalidade. Os sofrimentos e as feridas corporais nos chegam a partir do exterior. As palavras amargas e odiosas afetam o mais profundo de nosso ser. Fazem sangrar o coração. Ora, é ali que o Senhor quer gravar sua lei e colocar um espírito novo. O coração é que faz as delícias do amor de Deus.  Precisamente em nosso coração assemelhamo-nos a Deus já que fomos criados à sua imagem e semelhança.

O Coração aberto de Jesus atinge, deveria atingir, as fibras de nosso interior. É lá que Deus grava sua lei que nos liberta de nós mesmos e nós faz semelhantes a ele.

Texto: Frei Almir Ribeiro Guimarães, OFM
Imagem: Belen Benitez (Disponível em Cathopic)