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Celebração dos 15 anos de Dedicação da Igreja do Sagrado

Na celebração desta noite de sexta-feira, 16 de setembro de 2022, os fiéis de nossa paróquia reuniram-se para celebrar o aniversário da dedicação da Igreja do Sagrado, ato ocorrido há quinze anos por Dom Filippo Santoro.

E se as leituras dispostas no momento da Liturgia da Palavra evocavam-nos à consagração de templos e mesmo de nossos corpos – enquanto templos vivos – ao Senhor, não poderia ter sido diferente a mensagem que nos trouxe o presidente da celebração, Frei Almir Ribeiro Guimarães:

“Há um costume de consagrar as paredes de um edifício o qual chamamos templo. Na Igreja, dedica-se este espaço para Deus, e desta forma consagrasse o movimento das pessoas, a paróquia que existe ligada a esta igreja. Há nos nossos templos um ambiente que deveria sempre nos levar para um mistério. Os vitrais, a qualidade da luminosidade, a beleza dos ornamentos, nada deve ser descuidado, nada deveria deixar a desejar.

É verdade que Deus não mora só no templo, é verdade também que o templo hoje em dia em muitos lugares na Europa, as igrejas se transformaram em outras coisas… O Senhor mora dentro de cada um de nós – nós somos templos de Deus. Cuidado para não fazermos do nosso templo uma espécie de absoluto e a vida a levarmos sem templo nenhum, pois carregamos o templo conosco.

Há um lugar para a escuta da Palavra, chamamos de Ambão, o qual faz a Palavra ressoar dentro de nós, produzindo uma saudade de Deus. E quando a leitura é mal proferida, ou, quando não estamos a fim de ouvir não adianta muito, ela precisa ser bem proclamada e ao mesmo tempo, ela precisa encontrar nas pessoas a vontade de ser escutada.

O Altar é sempre o centro, as pessoas precisam compreender que aproximar-se do altar é um sinal de carinho para com Deus, a distância tinha sentido no auge da pandemia, hoje não. A nossa oração, não é a “minha” oração num canto, mas é a nossa oração, uns pertos dos outros à mesa.

A Cruz está sempre aqui, ao lado da mesa do Altar. Fazemos tantas vezes o sinal da cruz em nossas frontes, e até esquecemos disso, e quando a cruz, a sua sombra, desce sobre nós: fugimos. A contemplação da Cruz junto do Altar é renovação do sacrifício da Cruz.

O templo onde vivemos nossa fé é sagrado. Sei que carrego Deus no templo do coração, já o disse, mas o espaço que nós consagramos para aos nossos atos litúrgicos, e quando eu tenho o coração pesado, e me ajoelho diante da imagem do Coração de Jesus há um sentido lindo nisso. O coração de Jesus é um refúgio. Ninho em que me escondo. Janela por onde vejo o amor de Deus. E uma fonte, da qual estando diante estendo as palmas das mãos para dela beber.”

Após a homília, a celebração seguiu o rito como de costume.

 

Frei Bruno Cezário
Pascom

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