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“Vamos investir em vacinas, em vida para todos”, pede Frei Medella

Frei Augusto Luiz Gabriel e Frei Thiago da Silva Soares

Petrópolis (RJ) – Neste domingo (3/01), dia em que a Igreja do Brasil celebra a Solenidade da Epifania do Senhor, popularmente conhecido como o dia dos Santos Reis, a comunidade do Convento e da Paróquia do Sagrado, reuniu-se às 10 horas, para a Celebração Eucarística, como de costume. Presidida pelo Vigário Provincial da Província da Imaculada Conceição, Frei Gustavo Medella, a Santa Missa foi concelebrada pelo vigário paroquial, Frei Abílio Antunes do Amaral. A Celebração que foi transmitida pela Rádio Imperial e pela página do Facebook da Paróquia, contou ainda com a participação de Frei Lauro Both e Frei Felipe Carretta, na condução dos cantos e melodias próprias do Tempo do Natal.

Logo no início da celebração, o celebrante esclareceu que por tradição a data oficial dos Santos Reis é originalmente celebrada no dia 6 de janeiro, mas, por questões pastorais, a Igreja do Brasil ajusta sempre para o domingo mais próximo. Assim os fiéis podem participar eficazmente da universalidade da salvação, oferecida por Jesus Cristo.

ANÚNCIO SOLENE DAS FESTAS E SOLENIDADES DO ANO DE 2021

Após a proclamação do Evangelho de Mateus (2, 1-12), o celebrante iniciou sua reflexão explicando que é um costume da igreja no dia da Epifania do Senhor, fazer o anúncio solene das Festas e Solenidades móveis do ano de 2021. Assim sendo, Frei Medella divulgou as datas e recordou que o centro de todo ano litúrgico é o Tríduo do Senhor crucificado, sepultado e ressuscitado que culminará no domingo da Páscoa, que neste ano será no dia 4 de abril. “Em cada Domingo, Páscoa semanal, a Santa Igreja torna presente este grande acontecimento, no qual Jesus Cristo venceu o pecado e a morte. Da celebração da Páscoa do Senhor derivam todas as celebrações do Ano Litúrgico”, explicou o frade.

ACENDER A LUZ É UM SINAL DE ESPERANÇA

Frei Gustavo lembrou que a liturgia apresenta com destaque o tema da luz e da estrela. “Na 1ª leitura, vemos uma profecia de muita esperança para aquele povo que vivia a dura experiência do exílio”, destacou. “O profeta chama e descreve Jerusalém retornando a vida e por isso o apelo: ‘Chegou sobre ti a tua luz’, ‘Acende as luzes’”, disse o frade, acrescentando: “Acender a luz é um sinal de esperança”.

“E esse convite é para cada um de nós também. Nós estamos no meio de uma travessia muito complicada, mas nem por isso podemos deixar que nossas luzes de esperança, de fé e de solidariedade se apaguem. Mais do que nunca se faz importante este apelo do profeta: vamos ‘acender’ nossas luzes. Vamos ser luzes de confiança e de apoio uns para com os outros”, pediu.

“No Evangelho o tema da luz volta com a figura da estrela que brilha e guia os magos que vão ao encontro do Rei nascido”, explicou. “Em nosso tempo precisamos ter muito cuidado e muito discernimento para perceber se nos guiamos pela luz verdadeira que é a luz de Deus, ou por luzes periféricas, passageiras e ilusórias que nos levam a um grande vazio”, disse o frade, lembrando que a sociedade vive um forte espírito de cobrança, poder, desempenho e produtividade. “Precisamos parar e interromper essa lógica”, completou.

Frei Medella lembrou ainda que todas as instruções de cuidado em relação a pandemia fazem parte do compromisso de ser luz na vida do outro. “Deixemos nos guiar pela estrela do Menino de Belém. Cristo é salvação para todos, ninguém fica de fora, ninguém deve se sentir excluído. Deus ama a todos igualmente e Jesus é irmão de todos da mesma forma. Espera de nós, em nosso livre arbítrio, um coração aberto para acolhê-lo”, ensinou.

“Por isso, todos os esforços em relação a vacina, a cura, ao tratamento, devem sempre ser um direito universal, independente das amarras de lucro, do mercado, mas algo facultado e oferecido a todos, sem exceção”, enfatizou e lembrou do apelo em que o Papa Francisco pede menos investimento em armas e mais em pesquisas para evitar pandemias. “Vamos investir em vacinas, em vida para todos. A salvação é um bem que Deus oferece com generosidade para todo mundo, sem exceção”, concluiu.

A celebração teve continuidade com a liturgia eucarística onde se celebrou a manifestação de Cristo na carne, mas também a todos os povos e, assim, a universalidade de sua Salvação. No final da celebração, Frei Gustavo agradeceu a presença de todos e desejou esperança neste novo ano que se inicia. Frei Abílio concedeu a bênção final, encerrando a missa.

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