A nossa Paróquia tem como a sede a Igreja do Sagrado Coração de Jesus, construída em 1874 por dedicação e esforço dos colonos alemães que vieram para construir a cidade de Petrópolis e nela buscar uma vida melhor para suas famílias.
Em 1895 alguns franciscanos alemães que recentemente haviam chegado ao Brasil foram chamados a assumirem a Igreja do Sagrado. Mas somente em 16 de janeiro de 1896, com a chegada desses franciscanos, a Igreja é ampliada e reformada, tornando-se um centro de irradiação de religiosidade, com o atendimento a diferentes comunidades.
Missas e confissões, além de muitas outras atividades eram dirigidas aos necessitados, como, por exemplo, a implementação e execução do projeto de construção de uma escola para as crianças pobres. E assim, várias frentes de evangelização foram sendo criadas e desenvolvidas ao longo dos anos.
É dentro desse ambiente franciscano ainda hoje, que se desenvolve a pastoral catequética, pois buscamos o conhecimento e seguimento de Jesus através do contato com a Sagrada Escritura e celebrações, e do envolvimento com a comunidade de fé.
A família é a primeira escola da fé, sendo igualmente considerados como locais de iniciação cristã: a Paróquia; as pequenas comunidades eclesiais; e os centros educacionais católicos.
Nos seus primórdios, a Igreja, aos poucos, estruturou um processo para a iniciação de novos membros prontos a celebrar a fé e assumir a missão desejada por Jesus. Ao longo da história esse processo sofreu diversas adaptações conforme o contexto sociocultural de cada época e lugar.
A Igreja no Brasil também acompanhou esta caminhada, o que refletiu na história do seu povo e da Igreja. E nas paróquias também é possível observar mudanças que evidenciam essas influências na vida e trajetória dos habitantes locais. Na Paróquia do Sagrado não foi e não é diferente. Muitas foram as situações enfrentadas para que a missão dessa pastoral fosse eficaz. A tarefa de gerar filhos na fé e o esforço de formar cristãos adultos é de suma importância para uma Igreja que tem a missão de ser evangelizadora. Por isso é necessário o envolvimento de toda a comunidade eclesial na iniciação da fé, pois a vida cristã é campo de permanente missão.
Nossa Pastoral de Catequese tem como objetivo principal colaborar com os iniciantes a se fortalecerem como membros da Igreja e se encontrar sempre com Jesus Cristo e, desse modo, reconhecer, acolher, interiorizar e desenvolver a experiência e os valores que constituem a própria identidade e a missão cristã no mundo.
Neste processo de evangelização, contamos sempre com a participação de iniciação à vida cristã: das famílias; crianças, adolescentes, jovens e adultos; da comunidade de fé; dos bispos, presbíteros e diáconos; dos catequistas leigos e demais agentes de pastoral.
Nossos encontros catequéticos são semanais, sendo desenvolvidas atividades tais como: momentos de oração, reflexão, estudo; e também celebrações, festejos, gincanas, acampamento. E, principalmente, a participação nas missas dominicais.
Muitos são os desafios a serem ainda enfrentados, sendo o maior deles talvez adequar a catequese aos cenários culturais contemporâneos. Vivemos em um mundo globalizado onde há um forte individualismo e a indiferença é cada vez mais marcante. Nossa realidade é heterogênea e mutável, com uma cultura midiática que exerce uma influência cada vez maior na sociedade com um nível enorme de informações e de forma cada vez mais acelerada. Esse contexto de pluralismo cultural e religioso, associado a uma crescente diversidade familiar tem trazido muitas dúvidas e uma crescente necessidade de formação e atualização tanto para os catequistas como para outros agentes de pastoral.
Importante frisar além dos desafios que enfrentamos, a nova e complicada conjuntura que aflige o Planeta: a pandemia causada pelo COVID-19, com número altíssimo de contaminados e mortos. Inúmeras famílias afetadas, não só pela doença, mas também pelo desemprego, pela insegurança, pela fome, pela violência… E para piorar temos que viver com o distanciamento social – muito necessário para a contenção dessa pandemia – mas que causa muita tristeza e dor devido ao isolamento, à falta de calor humano, do aconchego, de um abraço.
Diante desta realidade, visando dar continuidade aos encontros catequéticos, foram precisas muitas adaptações tanto por parte dos catequistas como dos catequizando e suas famílias. Os encontros têm sido feitos à distância, via meios de comunicação social. Infelizmente, contudo, esse esforço nem sempre é produtivo, e não substitui a vivência comunitária, os momentos celebrativos e de encontros com os irmãos e irmãs.
Por fim, que as palavras do Papa Francisco, nos encorajem e fortaleçam “No meio desse isolamento que nos faz padecer a limitação de afetos e encontros e experimentar a falta de tantas coisas, ouçamos mais uma vez o anúncio que nos salva: Ele ressuscitou e vive ao nosso lado. (…) Não apaguemos a mecha que ainda fumega (cf. Is 42,3), que nunca adoece, e deixemos que reacenda a esperança” (Vida após a pandemia – p. 24).
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