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Oração das Laudes: “Que está acontecendo hoje?”

A Oração das Laudes na Fraternidade e Paróquia do Sagrado Coração de Jesus de Petrópolis (RJ), deu início às celebrações do Sábado Santo neste dia 16 de abril, às 7h30. Mais uma vez os religiosos franciscanos recitaram os salmos com a presença da comunidade local, fiéis, irmãs e paroquianos.

Após a leitura da Carta aos Hebreus (4,1-13) que sugere um esforço para entrar no repouso de Deus e de uma antiga Homilia no grande Sábado Santo que discorre sobre a descida do Senhor à mansão dos mortos, o hebdomadário, Frei João Manoel Zechinatto, dirigiu algumas palavras aos presentes.

“Que está acontecendo hoje? É essa a indagação que inicia a leitura que acabamos de ouvir. Um silêncio que reina sobre a terra, não um silêncio vazio e nem sem porquê, mas silêncio de quem gesta no profundo do seu coração as mensagens que perpassam nossa alma diante dos mistérios que estamos por celebrar”, iniciou.

Segundo ele, diante da grandiosidade do amor de Deus plenificado na oferta e na doação que Jesus Cristo faz por toda a humanidade, nós nos silenciamos, como aquilo que o Profeta Isaías nos disse ontem: “abaixamos nossas cabeças em silêncio diante dele, vendo e ouvindo coisas que jamais presenciamos.”

“É o silêncio de estar às portas do sepulcro do nosso Senhor. Não com lágrimas de desespero e desconsolo, mas à postos, numa espera convicta e jubilosa pelo que há de vir, vigilantes por podermos ser testemunhas do Nosso Senhor Ressuscitado”, ressaltou.

Para Frei João, hoje o Novo Homem, da verdadeira e plena criação, vai ao encontro do Primeiro Homem, Adão. “E lhe ordena: Levanta, Acorda, Saí, Eis aqui o teu Senhor no meio de vós! Pai, Eis chegada a Hora! A nova e definitiva aliança está feita. Não com sangue de ovelhas e bodes, mas selada com o sangue do próprio Filho de Deus”, explicou, acrescentando que hoje Jesus Cristo toma a todos os homens e mulheres desta terra, desde Adão até os tempos sem fim e os liberta das garras e do poder da morte, salvando-os em seu Amor.

“É a bela antífona tirada do livro do apocalipse que cantamos: Estive morto e agora vivo, sou o vivente pelos séculos, tenho a chave dos abismos e a vitória sobre a morte!”, frisou.

Frei João lembrou que nesta noite venturosa, com a celebração da Vigília Pascal, irromperemos nosso canto de júbilo, um canto que une terra e céu e que vem de Adão e se projeta ao fim dos tempos, um canto de louvor ao nosso Deus que nos amou e nos salvou e deixa como mandato à sua Igreja e ao seu Povo: Fazei isto em memória de mim! “Amai-vos, lavai os pés uns dos outros, perdoai-vos, sede servos. Eis o exemplo que nosso Senhor nos deixou. Eis os frutos concretos de sua Páscoa em nós!”, disse.

E concluiu: “Porque são muitos os que nessa terra ainda permanecem eternamente sobre o silêncio de um sepulcro vazio, ansiosos por encontrarem sentido em suas vidas, suplicando por poderem ouvir a voz da verdade. E é por isso que cada um de nós, transformados pelo ressuscitado precisamos ser testemunhas decisivas para que a Páscoa seja um sinal salvífico para estes que estão às margens do caminho, caídos e tombados pelas vicissitudes deste mundo. Assim como o discípulo amado corre, entusiasmado, ao túmulo do seu Senhor, que nós, reanimados e fortalecidos na paz e na esperança do ressuscitado sejamos bravos embaixadores de Cristo por essa terra, pois quem Ama tem pressa. Acorda! Levanta! Vinde para a Luz! O teu Senhor há de estar no meio de vós!”.

Frei Augusto Luiz Gabriel | PASCOM da Paróquia do Sagrado

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