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Matrimônio

É visível em muitas realidades brasileiras que o número de matrimônios diminuiu drasticamente. Muitas comunidades que antes possuíam vários horários de casamentos semanais agora se veem diante do fato de realizarem um ou dois por mês. Há situações em que o número de casamentos em uma paróquia não passa de cinco por ano. São vários os fatores que chegam a isso: a dificuldade de assumir um projeto de vida mais radical da geração atual, o alto número de divórcios que coloca o sacramento em descrédito, o padrão financeiro elevado nas celebrações matrimoniais que faz com que muitas pessoas não casem “por que é caro”. Sendo assim, o Matrimônio ainda é oportuno? Para responder isso, é preciso ouvir a teologia do mesmo. Conhecer seus fundamentos básicos para responder as perguntas e dificuldades acima. Por isso, eis alguns pontos teológicos retirados do Ritual do Matrimônio, com algumas breves explicações para iluminar uma reflexão sobre o mesmo:

  • O sacramento do matrimônio tem como símbolo a aliança: Deus fez aliança com seu povo assim como os noivos fazem uma aliança entre si! Por isso, é preciso que essa demonstração de amor seja feita de livre e espontânea vontade. Além de uma entrega total de si ao outro, o casamento também é receber o outro em sua totalidade. Por isso, para que essa união permaneça é preciso a plena fidelidade entre os esposos.
  • Desta união resulta o amor “fora de si”, que são os filhos. Por isso a comunhão de duas pessoas pelo vínculo do casamento tem como grande motivação a paternidade e a maternidade. Os pais, em plena sintonia, são convidados a educarem seus filhos nessa mesma harmonia.
  • A unidade entre duas pessoas no matrimônio assumida diante de Deus, faz com que eles não são mais dois, mas uma só carne. Tal realidade não pode ser destituída. Isso porque o sacramento do Matrimônio não é só motivação humana, mas é Deus que une, que abençoa. Assim, se diz que o que Deus uniu o homem não separe.
  •  Quando pensamos assim, parece que o sacramento pode se tornar um peso, pois não é possível “separar-se”. Mas uma questão interessante é pensar que o matrimônio não é uma aventura de um final de semana, ou um passo qualquer a ser dado numa caminhada de vida. É preciso reflexão, acompanhamento, amor conjugal, partilha de vida, sintonia. Muitas pessoas reclamam dos chamados “cursos de noivos”, mas eles são uma tentativa de garantir a seriedade do pacto a ser assumido.
  • Casar-se não é evento social, é compromisso diante de Deus, por isso não deve ter motivações distorcidas que não sejam o anseio do amor, da plena comunhão de duas almas com Deus. Sendo assim, o sacramento não é obrigação de origem externa, onde pode acontecer que os pais querem que os filhos se casem com tal pessoa – o famoso “casamento arranjado” – ou imposição/intimidação de uma das partes ou de outras pessoas, como por exemplo: “se você não casar comigo (ou com ele/ela), você vai perder ou ganhar uma herança”. Além disso, o casamento não pode ser pensado como solução/castigo para uma gravidez. Nessa situação ele pode acontecer sim, desde que haja entre as partes um anseio de celebrar o mesmo no amor.
  • Por isso, é preciso que seja madura e séria a decisão de contrair matrimônio, pois com a vida alheia não se brinca. Talvez a grande quantidade de dissoluções matrimoniais não esteja nisso: na não reflexão sobre a seriedade do sacramento do Matrimônio? Nas motivações que não conduzem ao essencial do sacramento? É salutar perceber que o mesmo não é apenas uma festa, mas um compromisso por toda a vida com uma outra pessoa e com Deus.
  •  Assim, para o sacramento se realizar, não precisa de grandes festas, flores, vestidos brancos e marcha nupcial. Tudo isso foi sendo inserido no mesmo, e talvez até tirem o seu foco essencial. Para o sacramento acontecer é preciso dois corações que se amam, que querem viver um projeto comum, que tenham o desejo de sempre reforçar dentro de si a grandeza desse passo dado. É preciso que o casal se inspire na Trindade, que é pura comunhão, para viver uma comunhão de almas. Além disso, para o sacramento é preciso um ministro que o celebre e algumas testemunhas do mesmo, bem como da fórmula conhecida “Fulano eu te aceito como meu esposo, na alegria…”. Essa fórmula deve ser falada pelos noivos, e não só pelo ministro que preside a celebração, pois esse pacto acontece entre os dois noivos e Deus.
  • O ministro que conduz a celebração do sacramento do Matrimônio apenas “assiste” o casamento, dando assistência. Quem o celebra são os noivos, pois é deles a respostas ao pacto!
  • O matrimônio é a aliança entre duas pessoas assim como Cristo se une numa aliança com sua Igreja. Jesus é o grande exemplo de Esposo que se dedica por sua Amada, sendo assim a luz para iluminar a dedicação entre aqueles que se amam.
  • O Batismo é a porta de entrada da aliança de Deus com o ser humano batizado. Sendo assim, o matrimônio é a união de dois batizados que querem viver a sua vocação cristã juntos! Nas dificuldades e alegrias, querem escolher se unirem para serem “sal da terra e luz do mundo” numa só carne. É o casal que anseia evangelizar junto, promover junto o Reino de Deus, somar forças na caminhada de fé um do outro!
  • Assim como Jesus ama a sua Igreja, e a nutre neste amor, os casados se amem e se nutram no amor. Não é papel só do homem ou só da mulher amar, mas é uma comunhão mútua, um processo mútuo de interajuda. É uma missão dos dois de se manterem unidos nas alegrias e dificuldades, pois quando o sacramento é assumido com consciência e amor, consegue superar as dificuldades. Por isso, pode-se dizer que Deus chamou o casal ao matrimônio, e uma vez casados, Deus continua a chama-los no matrimônio, para realizarem a sua Vontade!
  • A Igreja pede que aqueles que irão se casar e que ainda não tenham procurado o sacramento da Reconciliação, que assim o façam, para prepararem-se dignamente para a celebração do mesmo. Também os noivos se aproximem ainda mais da Eucaristia, inclusive no dia do sacramento.
  • O sacramento do Matrimônio deve ser celebrado dentro do rito da missa. Porém, por necessidade pastoral, muitas vezes é preciso dedicar um horário específico para ele. A celebração seja preparada previamente pelo ministro que irá assisti-lo junto com os noivos, a fim de que eles se sintam ainda mais participantes da união que irão realizar.
  • Os cânticos escolhidos para o dia, bem como os outros aspectos artísticos, sejam intimamente ligados ao próprio da Igreja. Por mais que o matrimônio seja uma festa, ela é realizada dentro de uma comunidade eclesial. Por isso, a não ser que seja uma causa urgente e específica, o casamento não pode acontecer fora de uma igreja, uma vez que é ali que os casados viverão a sua aliança matrimonial.
  •  Os grandes momentos e símbolos do matrimônio são: Liturgia da Palavra, rito do matrimônio, com o diálogo antes do consentimento (onde o ministro pergunta se é de livre e espontânea vontade que os noivos estão buscando o sacramento), a união de mãos e consentimento (“Eu…, te recebo como meu (minha) esposo (esposa)….”), aceitação do consentimento, bênção e entrega das alianças, Eucaristia. Outros momentos podem ser inseridos e adaptados, como o beijo do casal, os cumprimentos dos pais e padrinhos…

Outros ou mais detalhes podem aparecer nas celebrações matrimoniais. Mas a partir do que foi visto até aqui, é evidente que o problema do descrédito do sacramento do matrimônio não é por causa da sua teologia, da sua fórmula ou do seu modo de ser. É mais pela motivação de se realizar o sacramento, pelas coisas que foram sendo inseridas e que aos poucos se tornaram mais importantes que o sacramento em si. Muitos noivos dedicam horas para preparar os detalhes estéticos da celebração: flores, roupas, ensaios de danças, prova de alimentos para servir aos convidados. Mas não se gasta quase nenhum tempo, em muitos casos, num retiro pessoal ou de casal para refletir sobre o passo a ser dado, em momentos de oração entre os dois, em uma ativa presença na Igreja.

Em algumas realidades os noivos nem participam muito das celebrações da comunidade. E por isso o sacramento corre o risco de ser colocado em descrédito, uma vez que ele não é a aliança entre duas almas que desejam fazer um pacto de amor entre si e com Deus para viverem juntos a sua fé, mas apenas um evento pessoal, familiar, social. Sendo assim, caso você esteja na Pastoral Familiar que prepara o curso de noivos, ou você esteja se preparando para assumir o matrimônio, tenha bem claro a finalidade do mesmo que não é a festa, o evento, a foto ou os alimentos a serem oferecidos aos convidados. Mas o principal e primeiro interesse deve ser a união de duas pessoas que anseiam, diante de Deus, testemunhar o seu amor e assim serem uma só carne, inspirado na Trindade, vivendo uma plena comunhão entre si, entre os filhos que virão e com a comunidade de fé que participam.

DOCUMENTOS E NORMAS PARA CASAMENTO RELIGIOSO COM EFEITO CIVIL NA PARÓQUIA DO SAGRADO:

  • Fazer a reserva na Igreja onde será realizado o casamento. Em seguida os noivos deverão se apresentar na Paróquia onde um dos dois residem até 60 dias antes do casamento, munidos dos seguintes documentos:
  • Certidão de batismo dos noivos (deverá ser retirada na Igreja onde foram batizados, para fins de casamento, com uma validade de 6 meses (não serve a lembrança do batismo);
  • Cópia da certidão de nascimento dos noivos;
  • Cópia do comprovante do Encontro de Noivos (o Encontro poderá ser feito na Paróquia de preferência dos noivos);
  • Cópia da Identidade, CPF e comprovante residência dos noivos;
  • Padrinhos da Igreja deverão ter 18 anos completos;
  • Procurar o Cartório para informações até 90 dias antes da cerimônia religiosa.
  • Folha da Habilitação  – entregar na Igreja para anexar ao processo matrimonial
  • Proclamas deverão ser publicados na Paróquia dos noivos.

TAXAS:

Casamento no Sagrado: Processo – R$150,00, Cerimônia – 300,00

OBSERVAÇÃO:

O processo tem que ser feito na Paróquia onde o noivo ou a noiva residem, e deverá ser levado com 15 dias de antecedência para a Paróquia onde será realizado o casamento.

DECORAÇÃO: 

Pedimos ao decorador, que feche os bancos após  a missa de 16h15.

Mais informações na secretaria da Paróquia do Sagrado!

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