As primeiras sextas-feiras de cada mês nos levam a contemplar o amor do Amor que vai ao extremo de dar a vida pelos seus. Tomás Halík, um escritor de Praga, escreveu: “O encontro com Cristo é perigoso, pois suas feridas retiram a trava de nossos olhos.  Cristo abre os nossos olhos nos desvia dos caminhos que, tantas vezes e com prazer seguimos de olhos fechados”.

Fomos presenteados com a vida. Dom de Deus. Dom do Amor.  Nascemos, crescemos, lutamos, fracassamos, acertamos. Por vezes, quem sabe, ficamos tão preocupamos com nosso desempenho, sucesso, projetos que esquecemos…esquecemos dos outros e esquecemos de Deus.  Esquecemos que o sentido de nossa vida é acolher amor e dar amor. Olhamos sem enxergar.  Nosso olhar desliza por tudo, sem para parar em nada, sem parar em ninguém.  Cegos andamos em nossos caminhos.  Caminhos que não dão certas satisfações.  Mas que não enchem o coração. Sim, feito para amar, para dar, para ser companheiro, levantar os caídos, dar a mãos e emprestar o ouvido aos que não suportam suas loucuras, seu pecado, sua solidão.  Olhos abertos para as feridas do corpo de Cristo, pelas chagas de um colega de trabalho. Olhos aberto para sermos propagandistas doi amor que sai pelas feridas de Jesus, principalmente pela janela do seu coração.

Frei Almir Ribeiro Guimarães, OFM
Imagem: Frei Augusto Luiz Gabriel, OFM