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EIS O HOMEM

Na manhã da crucifixão e morte de Jesus, Pilatos aponta o homem: Eis o Homem! O procurador aponta para aquele homem. Homem sim, mas destituído de sua beleza e de sua nobreza. É apresentação da humanidade, em sua forma limite: em sua fraqueza, seu abandono, sua dor, sua impotência. Não tinha beleza nem formosura, era desprezado, um homem das dores de quem se desvia o rosto. Um pobre que pode dizer de si mesmo as palavras do salmo 21 (22): “Eu sou um verme e não mais um homem injustiçado pelos homens e desprezado pelo povo. Todos os que me veem zombam de mim, torcem os lábios e meneiam a cabeça”. Toda a fama, o poder, a dignidade e a grandeza do ser humano desapareceram, a existência humana se apresenta como uma ferida sangrenta.   A cena de Pilatos dá inicio à vida sacra. Aquele que é flagelado diante do tribunal do poder e do fanatismo das multidões está no fundo dos fundos, diante do abismo da morte, totalmente manipulado, sem domínio sobre si, o pobre dos pobres, completamente entregue aos inimigos, como um objeto amarrado, “um pacote sem destinatário”. Ele é empurrado de um lado para o outro: do Sinédrio para Pilatos, a Herodes, aos soldados e à morte.
Eis o Homem!

Inspirado em Tomás Halik
Por Frei Almir Ribeiro Guimarães
Imagem: Nayarb Photography (disponível em Cathopic)

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