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DIANTE DO AMOR CRUCIFICADO

Pensamentos e reflexões de Tomás Halík:

“Aprendi a respeitar muitos caminhos diferentes pelos quais as pessoas tentam aproximar-se do mistério último da vida. Acredito que esse “mistério último” transcende infinitamente todos os nomes e todas as concepções que nós associamos a ele. Creio no Deus Uno, no Pai de todas as pessoas, que nenhuma pessoa individual nem qualquer  “instituição  religiosa”, ou algum de seus representantes pode reivindicar como “monopólio”;  estou confiante que ele é a foz  definitiva dos rios mais sinuosos de que os caminhos de todos que, guiados por suas tradições, pelo desejo da verdade, pela sua consciência e seu  conhecimento, buscam e respeitam o mistério último da vida, orientam-se por ele – transcendendo  todas as fronteiras culturais e todos os sistemas religiosos (…). Ao mesmo tempo, porém, acrescento e confesso: “Para mim não existe outro caminho, não existe outra porta senão aquela que é aberta por uma mão ferida e um coração traspassado. Não posso clamar “meu Senhor e meu Deus” sem ver a ferida  que alcança o coração.  Se credere provém de cor dare (dar o coração) então preciso confessar que meu coração e minha fé só podem pertencer ao Deus capaz de mostrar as suas feridas.

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Tomás Halík é nascido em Praga, a 1 de Junho de 1948. Licenciado em Ciências Sociais e Humanas na Faculdade de Filosofia da Universidade de Charles, em Praga. Estudou teologia em Praga e, em 1989, e é pós-graduado na Universidade Pontifícia de Roma. Em 1992, foi nomeado pelo Papa João Paulo II conselheiro do Conselho Pontifício para o Diálogo Inter-Religioso e, em 2009, o Papa Bento XVI lhe concedeu o título de Monsenhor.

Imagem: Nicolás Luque (disponível em Cathopic).

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