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“Celebrar a Páscoa é ver o Ressuscitado hoje em nós e em nossos gestos”, diz Frei Marcos

“Com muita alegria hoje nos reunimos no Domingo da Páscoa e da Ressurreição do Senhor. Ele ressuscitou. E por causa da ressurreição a nossa fé e a nossa vida tem sentido. Nós somos salvos por Ele e também fazemos com Cristo a nossa Páscoa”. Foi com essa motivação que Frei Marcos Antônio de Andrade presidiu a Celebração Eucarística do Domingo da Páscoa, neste dia 17 abril, às 10 horas, na Igreja do Sagrado Coração de Jesus de Petrópolis (RJ). Como de costume, a Santa Missa teve a presença do Coral dos Canarinhos, sob regência do seu maestro titular, Marco Aurélio Lischt. E mais uma vez, a igreja esteve lotada!

No momento do Ato Penitencial, como prolongamento da missa da Vigília Pascal, Frei Marcos fez a aspersão da água abençoada na noite anterior, relembrando o batismo. “Nós somos mortos para o pecado e renascemos para uma vida nova”, disse.

Após a leitura do Evangelho do João (20,1-9), que relata o episódio em que Jesus devia ressuscitar dos mortos, Frei Marcos iniciou sua homilia lembrando da preparação feita durante toda a caminhada quaresmal de 40 dias de espera. “Hoje se celebra a Páscoa anual, o sentido da nossa fé: Cristo ressuscitou por isso estamos aqui”, disse.

Repetiu então um trecho da sequência de Páscoa, que assim diz: “Vi Cristo ressuscitado. O túmulo abandonado. Os anjos da cor do sol. Dobrado no chão o lençol. O Cristo que leva aos céus. Caminha à frente dos seus”. Segundo Frei Marcos, o Senhor hoje nos quer recordar do verbo ver.

“Nós acompanhamos Maria Madalena que vai bem cedo ao sepulcro e vê a pedra. Ela não entrou. Viu e logo saiu correndo avisar os outros, que não sabiam o que tinha acontecido com o Senhor. Depois nós vimos Pedro e outro discípulo que se supõe que seja o próprio evangelista João, o mais novo, que vão correndo ao túmulo desesperadamente. Imagine só, levaram o Senhor! Um chega primeiro, olha para dentro, vê as faixas de linho no chão, mas também não entrou”, recordou o franciscano.

É VERDADE, ELE RESSUSCITOU

Para Frei Marcos, a fé tem tudo a ver com o ver. Adiantou que os evangelhos dos próximos domingos vão relatar também está experiência. “Nós podemos ver como Madalena, mas não entrar no sepulcro. Podemos ver como o discípulo que chegou primeiro, que observa as coisas, mas não entra no sepulcro. Podemos ser como Pedro, que entra de cabeça e percebe que Ele não está mais lá, que algo aconteceu de fantástico na vida, mas, podemos ser como João, que entra, vê e diz: É verdade, Ele ressuscitou”, destacou.

Segundo o presidente da celebração, durante todo o Tempo Pascal, os evangelhos vão apresentar a dinâmica de uma fé que deve ser visível, tocável. “O amor se toca, se abraça, se beija, se cuida como Jesus fez, o amor é assim”, refletiu.

“Celebramos a Ressurreição do Senhor, a Páscoa do Senhor é ver tudo aquilo que o Senhor fez e continuar vendo o ressuscitado hoje em nós, em nossos gestos. É por isso que estamos aqui, é por isso que temos fé, porque a fé e o amor não são ideias, vem de uma experiência humana. É daí que nasce a esperança, o sentido de viver, inclusive é assim que passamos a dar um sentido novo à morte, que é uma passagem, ao sofrimento, que acompanhamos no Tríduo Pascal durante todas as celebrações”, sublinhou, acrescentando que o que aconteceu com o Senhor, foi resultado da sua vida, de uma vida de vivência de um único mandamento, que contempla todos os outros: o amor.

Cada o Eucaristia é uma Páscoa que se celebra, cada domingo é a uma Páscoa semanal. “Nós queremos pedir ao Senhor ressuscitado, que ele continue sendo para nós essa luz que ilumina os caminhos tão difíceis. Ele é essa luz, ele está aqui iluminando os nossos passos, os nossos caminhos, os nossos sofrimentos, nos provocando a fazermos com ele nossa Páscoa cotidiana, as nossas passagens para a vida”, concluiu.

A missa teve continuidade com a oração do Credo Niceno-constantinopolitano, preces e liturgia eucarística. Após a comunhão, o Coral dos Canarinhos entoou a música “O sacrum convivium” de Domenico Bartolucci.

No final da celebração Frei Marcos agradeceu a presença de todos e em nome do guardião, Frei Jorge Paulo Schiavini, desejou boas festas! A solene bênção final findou a celebração.

Frei Augusto Luiz Gabriel | PASCOM da Paróquia do Sagrado

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