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Ceia do Senhor: “Nós também devemos fazer como Ele fez”, diz Frei Marcos

“Todos nós devemos gloriar-nos na cruz, de Nosso Senhor Jesus Cristo”. Com este tradicional canto entoado pelo Coral dos Canarinhos de Petrópolis na missa vespertina da Ceia do Senhor, a Paróquia do Sagrado Coração de Jesus de Petrópolis (RJ), deu início às Celebrações do Tríduo Pascal nesta quinta-feira da Semana Santa (14/04), às 19h30.  O Definidor Provincial e mestre dos frades do Tempo da Teologia, Frei Marcos Antonio de Andrade, presidiu a Celebração Eucarística que teve a presença de professores, educadores franciscanos, paroquianos e féis.

Depois da homilia, como é costume, repetiu-se o gesto de Jesus durante a Última Ceia, quando o Senhor lavou os pés dos seus discípulos como sinal de amor radical até ao ponto do serviço e da humilhação. No Sagrado, os mestres da educação foram os discípulos e tiveram seus pés lavados por Frei Marcos, que fez menção ao tema da Campanha da Fraternidade de 2022, “Fraternidade e Educação”.

E DISSE JESUS: FAZEI ISTO

Após a Liturgia da Palavra, Frei Marcos iniciou sua homilia recordando da primeira leitura do livro do Êxodo que apresenta um ritual da Ceia Pascal para os judeus. “Por isto hoje também nós perguntamos: o que significa este rito? E o Senhor nos explica: fazer tudo o que Ele fez”, disse. Segundo ele, o significado profundo deste rito e de todos os outros ritos são explicados pela liturgia do dia.

“No gesto da Ceia, Jesus nos mostra e nos explica o sentido profundo do dar, do partilhar, do fazer tudo o que Ele fez. E o que Ele fez é o que nos cantamos antes de ouvir o Evangelho: o mandamento do amor. Vivermos o amor é a nova e eterna aliança como Ele viveu”, explicou. “A Ceia e a Eucaristia para nós cristãos são o centro de tudo, porque nos faz recordar essa entrega total”, acrescentou.

Sobre o Evangelho de São João (13,1-15), Frei Marcos recordou que Jesus tira o manto, pega uma jarra com bacia e lava os pés. “Este é o sentido maior da Eucaristia, do serviço, de lavarmos os pés uns dos outros. Ao final deste gesto concreto o que Ele diz? A mesma coisa da Ceia: fazei isto!”, recordou.

Segundo o celebrante, assim como o filho mais novo na Ceia judaica, assim como São João, hoje também nós nos perguntamos: Mas o que significa tudo isso? Para Frei Marcos, significa vivermos o amor, fazer o amor se dar em nossas vidas, a tal ponto de morrer por causa de um projeto de vida e de entrega total.

“Nesta celebração nós fazemos memória deste gesto de Jesus, de serviço, de lavar os pés, ele que é mestre e Senhor nos ensina. E hoje, no rito do lava-pés, temos aqui a presença de vários educadores”, lembrou, acrescentando que os professores e todos aqueles que trabalham com a educação desempenham este serviço de amor, de cuidado, de lavar os pés de nossas crianças e jovens. “Hoje fazemos memória deste gesto de amor e de lavar os pés de nossos colaboradores da educação que tem a missão tão bonita de educar”, frisou.

Concluiu sua reflexão afirmando que é a partir do mandamento do amor e do serviço do lava-pés que se pode aprender o verdadeiro significado do que é a Páscoa anual. “Esta celebração que abre o Tríduo Pascal nos mostra o amor se fazendo e nós devemos também fazer como Ele fez”, encerrou.

Na sequência, já com a jarra e bacia em mãos, Frei Marcos lavou os pés dos educadores. Um rico momento de espiritualidade e fé que emocionou os presentes. Durante este gesto o Coral dos Canarinhos, sob regência de seu maestro titular, Marco Aurélio Lischt entoou a música “Jesus erguendo-se da Ceia”.

Após a comunhão, o presidente da celebração explicou que na sequência faria a transladação do Santíssimo para adoração e oração pessoal na Capela frei Galvão.

Como de costume, a Santa Missa foi transmitida pelas redes digitais da Paróquia do Instituto dos Meninos Cantores de Petrópolis e pela Rádio Imperial da cidade.

Frei Augusto Luiz Gabriel | PASCOM da Paróquia do Sagrado

 

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